Leão separa quinteto para treino extra de chutes e derruba Marlos

Na terça-feira, Emerson Leão se dispôs a fazer hora extra para Marlos melhorar seu chute. Cumpriu sua promessa logo no dia seguinte. Após comandar o coletivo, ordenou que o meia-atacante iniciasse um treino especifico de finalizações com Lucas, Fernandinho, Jean e Piris em atividade que Marlos não conseguiu terminar, necessitando de massagem enquanto estava deitado no gramado.

O treinamento foi uma inovação do técnico. Depois do coletivo, Leão reuniu o grupo inteiro no círculo central do maior campo do CCT da Barra Funda e convocou o quinteto para praticar finalizações em outro gramado. Denis, Léo e Leonardo foram juntos e levaram uma bronca. "Chamei goleiro?", indagou o chefe, para surpresa dos arqueiros com a dispensa.

Sob os olhos dos jogadores de linha, Leão pediu a seu auxiliar Fernando Leão e ao coordenador técnico Milton Cruz que carregassem as duas barreiras estáticas e as juntassem na linha do gol. O objetivo era deixar somente os cantos abertos, único local em que os atletas poderiam chutar.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Marlos cansou em sua primeira hora extra em finalizações sob o comando de Emerson Leão

O técnico ainda posicionou um cone perto de cada bico da grande área. Os escolhidos deveriam driblar o obstáculo cortando para o centro do gol e deveriam arrematar apenas nos cantos, não por cima das barreiras. Os cinco jogadores executaram as ordens com as duas pernas.

O desempenho foi ruim de todos. Fernandinho, principalmente com a perna direita, chegou a quase chutar uma bola na Academia de Futebol do Palmeiras, centro de treinamento vizinho ao do São Paulo. Lucas também não ia tão bem. Quem chegou perto do aproveitamento satisfatório foi Jean ao finalizar com a direita.

Leão prestava atenção em cada detalhe a cada arremate de seu comandado. "Bate com a parte interna", "deite mais o corpo", "bate mais cruzado" eram as frases mais ditas pelo ex-goleiro, que logo esbravejou com a sequência de erros. "Acerta o gol!", gritou.

Mais tarde, o técnico mudou a prática. Empurrou com Milton Cruz as barreiras estáticas deixando-as em diagonal, bem próximas às traves. Empurrou os cones para mais perto dos bicos da grande área e solicitou a seus atletas que driblassem os cones em direção à lateral para praticarem chutes cruzados.

O rendimento foi ainda pior do que na primeira parte da atividade. "Parecia fácil, né? Que coisa feia", provocava Leão ao ver raras bolas colocadas dentro das metas. Lucas não escondia a irritação por se equivocar tanto e arrematava cada vez mais acima do gol - o meia-atacante chegou a tropeçar e ficar caído na grama. O aproveitamento só melhorou com Piris, que ouviu atentamente às ordens e foi se aperfeiçoando.

Enquanto o quinteto treinava, Leão deixou o campo em direção à parte interna do CCT da Barra Funda. Deu ordens para que Milton Cruz e Fernando Leão prosseguissem no comando da atividade. Foi a senha para que Marlos, que fez Leão lembrar de Robinho no trabalho de aprimorar as finalizações, desabasse no gramado e recebesse massagens.

Mais tarde, Leão abriu um largo sorriso ao comentar os muitos erros dos jogadores em sua prática nesta quarta-feira. "Foi a primeira vez. Eles ficaram emocionados", ironizou o chefe, reforçando que o exercício será repetido outras vezes.

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