sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Hora do adeus! Rivaldo viveu altos e baixos no São Paulo

A passagem de Rivaldo pelo São Paulo acabou. Suspenso diante o Santos, no próximo domingo, o meia se despediu dos companheiros na manhã desta sexta-feira, no CT da Barra Funda. No Tricolor, o camisa 10 viveu o céu e o inferno, mas sempre contou com o apoio das arquibancadas. Apresentado pelo presidente Juvenal Juvêncio no início desta temporada no CFA de Cotia, Rivaldo chegou falando alto e garantindo ainda ter lenha para queimar no futebol, mesmo com seus 38 anos. Com a ausência de um grande armador na equipe, a diretoria acreditava ter feito a escolha certa para a camisa 10.


 - Nunca tive medo de nada. Estou pronto para a responsabilidade e para as críticas. Apesar dos 38 anos, vou para o pau! - disse em sua chegada.
A estreia não poderia ser melhor. Contra o Linense ele marcou um golaço no Morumbi e ajudou a equipe na vitória por 3 a 2. Parecia que tudo iria dar certo. Só parecia...
Sem ter uma sequência de jogos, o meia oscilava na equipe e os gols não apareciam. Quase sempre no banco de reservas, Rivaldo passou a se incomodar com a condição. A torcida, por sua vez, pedia o jogador entre os titulares a cada jogo no Morumbi. Bastava a equipe começar mal um jogo para os gritos começarem.
Com isso vieram as rusgas com Paulo César Carpegiani. De cutucada e cutucada, a relação entre os dois ia se estremecendo, até que, na eliminação da equipe na Copa do Brasil para o Avaí, o camisa 10 desabafou e criticou o comandante publicamente. O clima nunca mais foi o mesmo.
- Foi uma humilhação não ter entrado. Da minha pessoa, eu não precisava passar por isso. Queria poder participar - disparou após fazer o aquecimento e não entrar na partida.
Sete jogos depois, Carpegiani foi demitido. Hora da redenção do meia? Não. Com a chegada de Adilson Batista, Rivaldo passou a ter mais oportunidades, no entanto, ainda não conseguia emplacar um bom futebol em campo.
Na demissão do segundo técnico da temporada, Juvenal Juvêncio chegou a dizer que Adilson Batista colocava Rivaldo por pressão da torcida, e que isso foi um dos motivos para a perda do emprego. Tal declaração já deixava claro que o mandatário não queria contar com o meia para 2012.
Com a chegada de Emerson Leão ao clube nada mudou para Rivaldo. Ele continuou no banco de reservas e era usado apenas em algumas partidas, sempre no segundo tempo, o que aconteceu praticamente na temporada inteira.




Rivaldo deixa o São Paulo com 46 partidas disputadas e sete gols marcados. Entre polêmicas e algumas boas partidas, o meia, definitivamente, não preecheu a tão esperada função de camisa 10 do clube.
Com a palavra
Renato Rodrigues, setorista do São Paulo no LANCE!
'A torcida sempre o pediu, mas sem razão'
A passagem de Rivaldo pelo São Paulo não foi boa, assim como a temporada da equipe. Claro que não podemos depositar toda a culpa no camisa 10, mas ele criou polêmicas que foram desnecessárias e que balançaram o ambiente do elenco.
Declarações de insatisfação com a reserva fritaram Carpegiani no cargo e foram um desrespeito com quem estava no time titular. O bom senso no futebol já diz que o negócio é trabalhar e, na melhor oportunidade, ganhar a posição. Reclamar não ajuda em nada.
Dentro de campo, Rivaldo "foi" um grande jogador. Um dos melhores que já vi. Mas no São Paulo não conseguiu jogar. Seus argumentos para ser titular não eram cabíveis com o seu momento na carreira e a torcida se enganou ao achar que ele era o salvador da pátria.



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